A carreira noturna

A vida noturna se parece – em alguns aspectos – com a carreira de um jogador de futebol.

Pego de exemplo uma camisa 9.

Nas primeiras festas que o então garoto vai, ele ainda está no time B, joga algumas partidas do campeonato estadual e quer uma chance no time de cima. Ele estranha um pouco o gramado mas quer mostrar serviço logo de cara, com isso, acaba não sendo muito exigente com os alvos femininos e acaba ficando com qualquer uma pelo simples fato de marcar o gol.

Num segundo momento, já lá pelos 20, jogando no time principal e disputando campeonatos nacionais, ele é mais seleto e acaba fazendo grandes apresentações, onde faz gol até de bicicleta, e outras nem tanto, onde um gol oriundo de um bate rebate já serve.

Aqui o rapaz começa a ter noção de jogo de equipe. Onde às vezes ele fica sem marcar mas acaba deixando os amigos na cara do gol.

Com 30 anos ele chega no auge da carreira. Jogando na Europa e disputando a Champions League, o jogador é visto por todo o mundo e acaba indo até para a Seleção. Neste período da vida, o cara está jogando tão bem que faz gol em adversários de todos os níveis, mas sempre com uma classe singular. Atingi status de craque e é assediado por vários clubes sem um matador.

Depois de sucesso no velho continente, o atleta começa a pensar na sua aposentadoria.

Chegou a hora de forrar o bolso e encerrar as atividades.

Aproveitando dos seus últimos dias como jogador, ele vai para o mercado asiático buscar a redenção final.

Cheio de experiência mundo afora, o jogador enfim pendura as chuteiras e fecha contrato com algum clube – geralmente no que ele mais gostou de jogar e tem a simpatia da torcida – para ter uma vida mais regrada e serena, só colocando em prática tudo o que aprendeu ao longo da vida.

Existem os casos em que o atleta se identifica com um clube logo cedo e permanece nele durante toda a vida, mas aí, amigos, é coisa do coração.

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