Quem tem uma vida noturna frequente e uma certa idade, sabe que na boemia as coisas nem sempre são o que parecem ser.
Futilidade, falsidade e falsas impressões são só algumas coisas que rolam enquanto a maioria das pessoas está dormindo.
Claro que também existem as coisas boas. Mas cá entre nós, está cada vez mais raro achar pessoas interessantes na noite – pode ser que eu esteja ficando velho também, e quanto mais velho menos paciência para algumas coisas temos.
Com o tempo, vamos pegando a ‘malandragem’ da noite, e ao mesmo tempo vamos ficando cada vez mais desconfiados de algumas situações que ocorrem com a gente.
Exemplifico.
Você (homem) está parado na copa da festa e uma mulher linda simplesmente puxa papo com você:
“Não entendo por que os homens têm que encher a cara de cerveja para chegar em uma mulher…”
O homem debate o tema e troca meia dúzia de frases com a dama.
De repente, simplesmente se despede e toma outro rumo dentro da casa noturna.
Depois de mais algumas doses de cerveja, passa outra vez pela mulher – que já não está mais sozinha e troca beijos demorados com outro homem e pensa:
“A mulher é linda e meu deu uma indireta mais direta que um soco no rosto. Perdi a chance.”
No dia seguinte, o homem que foi abordado pela mulher acorda e além de sentir a boca seca pela quantidade exorbitante de álcool que ingeriu na noite anterior, se culpa por não ter trocado mais algumas palavras com a moça.
A noite também é cruel, às vezes. Ela faz com que a gente – por experiências e desilusões passadas – tome certas atitude visando não cometer os mesmos erros do passado.
E assim vamos indo.
Afinal, como diz aquela música, ‘a noite nunca tem fim…“